3.10.09
La chute Islandaise sous investigation
C'est la bien connue Juge d'investigation, de l'affaire ELF en france, qui a accépté de faire lumière sur l'affaire des faillites islandaises, mais surtout de retrouver des fonds déviés et leurs éventuels détenteurs illicites.
Mme Eva Joly affirmé hier à la télévision, être bien déterminée à investiguer cette affaire, disant avoir déjà de bonnes pistes et indicateurs de recherche, avec l'appui du gouvernement actuel Eva Joly doit compléter son équipe avec des experts financiers mais aussi d'agents de proximité assurant sa sécurité.
28.9.09
Ex-PM é novo chefe de redacção do principal diário islandês
Oddsson, de 61 anos, foi nomeado para o cargo quinta-feira pelo presidente do Conselho de Administração do grupo Arvakur proprietário do Morgunbladid, Oskar Magnusson.
"Durante dezenas de anos, David Oddsson foi um dos dirigentes políticos mais destacados da Islândia. Tem uma visão clara do futuro e a sua voz sempre foi ouvida pela nação", referiu Magnusson num comunicado.
David Oddsson, que se opõe à entrada da Islândia na União Europeia, dirigiu o governo islandês de 1991 a 2004. Depois, até Fevereiro de 2009, ocupou as funções de governador do Banco Central islandês, tendo sido afastado num contexto de polémica sobre a sua gestão da crise financeira que fez cair a economia da ilha.
A sua nomeação, acompanhada do anúncio do despedimento de 30 pessoas, coloca problemas à redacção do Morgunbladid, o mais antigo diário islândes.
"Isto levanta numerosas questões quanto à credibilidade do jornal. A redacção está preocupada. Muitos não vêem como é que o jornal vai poder escrever sobre questões ligadas ao colapso económico, quando o nosso novo chefe de redacção foi um dos seus principais artesãos", declarou Elva Sverrisdottir, uma jornalista do Morgunblandid, que é também vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas islandeses, à agência noticiosa francesa AFP.
20.9.09
Enrico Macias perd 20 millions d'euros dans la crise
Mathieu Delahousse
10/09/2009
Le chanteur aurait investi 20 millions d'euros à la banque islandaise Landsbanki sous la forme d'une hypothèque sur sa villa de Saint-Tropez.
iLe chanteur aurait investi 20 millions d'euros à la banque islandaise Landsbanki sous la forme d'une hypothèque sur sa villa de Saint-Tropez. Crédits photo : Abaca
INFO FIGARO - Une information judiciaire est ouverte à Paris pour retrouver les fonds placés par le chanteur dans une banque islandaise. L'un des vingt autres plaignants français soupçonne Clearstream de détenir les fonds.
L'affaire est suffisamment sensible pour être, depuis cet été, signalée au ministère de la Justice. Selon nos informations, une instruction a été ouverte fin juillet au pôle financier de Paris pour abus de confiance et escroquerie aggravée. Les investigations, confiées à la juge Françoise Dessert, portent sur la disparition de plusieurs millions d'euros que des Français avaient placés dans des banques islandaises qui ont fait faillite depuis.
Le chanteur Enrico Macias est à l'origine de cette première procédure. D'après les premiers éléments de l'enquête, il avait investi 20 millions d'euros à la banque islandaise Landsbanki sous la forme d'une hypothèque sur sa villa de Saint-Tropez. L'opération devait être profitable, mais elle a tourné au cauchemar avec la faillite de la banque en octobre 2008. Le chanteur qui n'a pu être joint jeudi entend aujourd'hui récupérer ses actifs et surtout éviter la menace d'une saisie pure et simple de sa maison de la Côte d'Azur par les liquidateurs des banques défuntes. La justice doit désormais chercher si ses actifs, qui avaient été placés sous forme d'obligations au sein d'une filiale luxembourgeoise de la banque islandaise, ont littéralement fondu ou s'ils ont été placés ailleurs.
Le dossier pourrait réserver de nouveaux rebondissements concernant notamment la banque luxembourgeoise Clearstream, rendue célèbre par l'affaire française des faux listings. Défendant les intérêts d'un couple de Parisiens, l'avocat Emmanuel Ludot vient en effet de déclencher plusieurs procédures pour retrouver la trace des biens de ses clients. Comme Enrico Macias, ceux-ci avaient accepté en janvier 2007 d'hypothéquer totalement une villa «de grande valeur» sur la Côte d'Azur en échange d'une ouverture de crédit de 5 millions d'euros, cette fois à la banque Kaupthing. Ils n'avaient pu utiliser les fonds promis et avaient appris, à la suite de la crise financière, la disparition de la Kaupthing…
Selon Me Ludot, la banque aurait été démantelée en nouvelles sociétés basées au Luxembourg, titulaires de plusieurs comptes au sein de Clearstream Banking, mais ses clients français n'ont pour l'heure pas été remboursés. «Où sont passés les fonds de mes clients ?», s'interroge l'avocat qui vient d'adresser une mise en demeure à Clearstream pour savoir si elle détient le portefeuille de ses clients. L'avocat, qui s'étonne par ailleurs de prêts préférentiels de plusieurs millions d'euros que la Kaupthing avait accordés à ses actionnaires à la veille de sa faillite, menace d'engager la responsabilité de l'État islandais.
Sur la Côte d'Azur, où les banques islandaises avaient prospecté en 2006, 20 autres Français, fédérés par leur avocat, Me David Dana, ont déjà porté plainte. Un juge d'instruction de Grasse (Alpes-Maritimes) pourrait être nommé dans les jours qui viennent. À moins que tous les dossiers ne soient rassemblés au pôle financier parisien et joints au cas d'Enrico Macias.
31.8.09
Islândia aceita fardo ...
Islândia aceita fardo da dívida e acelera adesão
Numa dramática votação, o Parlamento islandês garantiu as perdas de investidores estrangeiros nos excessos da sua banca, aceitando uma dívida equivalente a quase um terço do PIB. O pagamento será efectuado até 2024, mas o país nórdico poderá resolver problemas mais urgentes.
O Parlamento islandês aprovou ontem o polémico acordo Icesave, que garante o pagamento das perdas acumuladas por investidores estrangeiros, sobretudo britânicos e holandeses, no colapso do Landsbanki, instituição financeira islandesa que geria fundos de alto risco. Mais de 400 mil depositantes foram afectados e o montante em dívida equivale a quase um terço da riqueza nacional. A cobertura de cada depósito irá até a um tecto de 20 mil euros.
A decisão dos deputados foi tomada por 34 votos a favor, 14 contra e 14 abstenções, e só após intensas discussões. A lei era defendida pelo Governo de Johanna Sigurdardottir, que chefia uma coligação entre social-democratas e verdes. Falta ainda o apoio dos governos britânico e holandês ao esquema de pagamentos, que implica o gasto máximo anual de 4% do PIB islandês ao Reino Unido e de 2% à Holanda, através de endividamento suportado pelos contribuintes. Se tudo correr bem, a dívida de 4,5 mil milhões de euros estará paga em 2024.
As condições do acordo são pesadas e condenam o país a um empobrecimento a médio prazo, mas o acordo Icesave permitirá o acesso da Islândia a verbas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outros países nórdicos. O dinheiro é necessário para estabilizar a economia, que cairá mais de 10% este ano. Por outro lado, abre caminho a uma rápida adesão à União Europeia.
A Islândia pediu a adesão em meados de Julho e o Conselho Europeu acusou a recepção do pedido no final do mês passado. Embora isso não fosse afirmado oficialmente, o início do processo de adesão dependia do acordo Icesave. O calendário pode agora ser acelerado. A Comissão Europeia tem um ano para concluir um relatório, mas poderá fazê-lo mais depressa, pois a Islândia cumpre os critérios de adesão (com ênfase na democracia e funcionamento da economia de mercado).
Do relatório, certamente favorável, dependerá a posição do Conselho Europeu. Seguir-se-ão as negociações, com poucos obstáculos a ultrapassar, pois a Islândia tem fortes ligações à UE, sendo membro da União Económica Europeia (UEE), o que na prática a coloca no interior do mercado único, embora fora da Política Agrícola Comum (que inclui as pescas).
O problema potencial será exactamente neste sector, pois muitos dos 300 mil habitantes dependem da pesca e haverá grande resistência à provável corrida de alguns dos 27 às ricas águas islandesas. Este será o assunto central das negociações e praticamente o único. A Islândia participa em muitas das políticas de cooperação e integra o espaço Schengen. Em resumo, se o Tratado de Lisboa entrar em vigor no final deste ano e as negociações correrem na máxima velocidade, a Islândia pode entrar na UE em 2011, caso a população aceite em referendo o resultado das negociações.
A adesão à UE implicará a entrada na zona euro, com o respectivo aumento de segurança financeira. Na sequência do colapso dos bancos islandeses, no ano passado, o valor da coroa islandesa caiu para menos de metade, um deslize que continua este ano, embora a ritmo mais lento. A crise provocou uma inflação de 12%, grande dificuldade para os cidadãos em obterem crédito, desemprego em níveis de que não há memória naquele país. A Europa é vista como um porto de abrigo que vale a pena tentar no meio da tempestade, mesmo que isso custe muitos anos a pagar.
17.5.09
Eurovision 2009, Islandia 2º lugar
A Noruega ficou em primeiro com um grande avanço de pontos direi mesmo exagerado, certamente a primeira vez que esta diferencia è tão importante. Portugal, atinge apenas um 15º lugar francamente merecia melhor.
Em todo o caso foi um maravilhoso espectaculo proporcianado por Moscovo.
À sua chegada ao aeroporto de Keflavik numerosas pessoas e flores acolheram Johanna, em Reykjavik um Podium foi instalado e onde cerca de 2 mil pessoas poderam aplaudir mais uma vez a cantora que simpáticamente interpretou mais uma vez sua canção frente ao seu público.
11.5.09
Islandia em, Vermelho e Verde
Foi durante este fin de semana que o vái e vém aconteceu, os encontros com os dois principais liders politicos saídos das ultimas eleições, Sociais Democratas e Verdes.
Ontem ao fin da tarde a Primeira Ministra Johanna Sigurdardóttir anunciou a constituição do novo Governo Islandês, constituido de 5 mulheres e 7 homens.
Os Verdes conseguiram 5 ministérios, Finanças, Ambiente, Educação, Saúde, Agricultura e Pescas, o primeiro homem forte é o lider do partido Verde, Steingrímur Sigfússon com a pasta das Finanças, quanto ao Social Democrata, Össur Skarphédinsson fica encargo dos negócios estrangeiros, o qual vai ter um grande desafio pela frente, a questão da adesão à EU, que irá ser o ponto principal do primeiro Concelho de Ministros já esta semana, cuja resolução deverá ser apresentada ao Parlamento.
Bem que uma maioria dos Islandêses estão finalmente convictos de que a ecónomia do país é muito frágil para aguentar com crises como a que se abateu sobre este país em outubro do passado ano. A questão de uma candidatura islandesa à UE colocou-se depois do país ter declarado na bancarrota.
25.4.09
Islandia vira á Esquerda
Principais favorecidos nesta eleição os verdes que ganharam mais de 10% dos votos em relação ás ultimas eleições de maio 2007.
A derrota é a do Partido Independente ao poder antes do colapso financeiro, perdem assim 10 deputados. A notar á direita o partido Novos Cidadãos com uma subida de 8% dos votos.
Foi com alguma emoção que a Primeira Ministra, Johanna Sigurdardóttir actual recebeu os resultados e dirigiu as primeiras palavras ao povo islandês.
Eleições na Islândia
A islandia renova hoje o seu parlamento, uma eleição precipitada pela crise e largamente dominada pela questão da União Europeia, que deverá sanccionar o potente partido conservador; sendo apontado como responsavel do desastre economico.
Pesada derrota anunciada
As ultimas sondagens apontam os Sociais-democratas com 30,5% dos votos e seus aliados de coligação actual Esquerda –Verde com 25,9%.
Estes dois partidos formaram governo quando os conservadores foram empurrados do poder durante os meses de protesto inéditos na ilha.
Em maio 2007 o (PI) Partido Independente de direita havia ganho as eleições com 36,6% dos votos, contra 26,8% dos Sociais Democratas e 14,3 dos Verdes.
Da prosperidade á receção
Desde então, a Islândia mergulhou na receção (10% de contração do PIB previsto para este ano. Desemprego, inexistente antes du colapso, deveria atingir os 10% este ano. A Koroa Islandesa perdeu 50% do seu valor.
17.4.09
A islândia alerta para o mundo
Primeiro veio a crise financeira, depois o alvoroço: a Islândia é o primeiro país
europeu a sofrer os efeitos plenos da crise financeira global. Isto é uma amostra do
que está reservado para o restante do mundo?
Está nevando e em breve escurecerá de novo. A noite começa aqui por volta das 4
horas da tarde, seguida por uma longa, longa noite - uma noite islandesa aqui em
Reykjavík, latitude 64 graus norte, bem ao sul do Círculo Polar Ártico. Se os países
pudessem exportar escuridão, então a Islândia não teria com que se preocupar.
Kristin Gunnarsdottir estaciona seu pequeno carro diante de sua casa modesta no
distrito de Gardabaer da cidade, caminha cuidadosamente pelo caminho
escorregadio até sua porta da frente e bate suas botas no chão para tirar a neve.
Ela está com vontade de tomar café quente e se sentar diante da lareira. Ela acaba
de retornar de seu novo e exaustivo passatempo - realizar manifestações "Nós
temos que salvar a Islândia", ela diz.
Nos últimos três meses, Kristin Gunnarsdottir passou seus dias no centro de
Reykjavík. Armada com uma panela e uma colher, ela e outros manifestantes
assumiram posição diante do Parlamento islandês, o Althing, acompanhados por
entre poucas centenas ou -como costuma ser o caso- dois mil outros
manifestantes. Recentemente, ela diz, a bira das pessoas era tamanha que a
multidão esteve prestes a invadir o Althing, arrastar para fora os membros do
governo e enforcá-los na imensa árvore de Natal. A árvore não está mais lá.
"Alguns manifestantes a incendiaram", ela diz. "Foi uma fogueira e tanto."
As coisas estão esquentando na Islândia em consequência da crise financeira.
Kristin Gunnarsdottir pega uma garrafa térmica cheia de café, liga a TV e está
prestes a se sentar ao lado da lareira quando algo a detém. Ela fica parada lá,
atônita, e aponta para a tela.
Ela tem mais de 40 anos, é ruiva e alegre. Ela era jornalista de TV, mas agora é
escritora. Desde o início da crise financeira, ela está entre os líderes de uma revolta
como a Islândia nunca viu antes, uma revolução vinda de baixo que visa varrer
tudo o que existiu antes.
"Incrível", ela diz, apontando para a televisão.
A ministra das Relações Exteriores, Ingibjörg Solrun Gisladottir, está sendo
entrevistada. Ela é da Aliança Social Democrática de esquerda, o menor dos dois
partidos da coalizão, e parece exausta enquanto olha para a câmera e explica que
só continuará apoiando o governo caso uma série de exigências seja atendida.
Então aparecem políticos que dizem que as exigências não serão atendidas.
"É isso", diz Kristin, "eu acho que não teremos um governo em breve - é melhor
assim".
Poucas horas depois, um governo que antes parecia inabalável entra em colapso. O
mais forte dos dois parceiros da coalizão, o conservador Partido da Independência,
governou o país por quase 18 anos. Este partido liderou um governo que foi
responsável por aproximadamente 315 mil islandeses que estão relacionados de
uma forma ou de outra uns aos outros e que são, em sua maioria, um povo bem
loiro, bem gentil, educado e agradável. Agora, a crise financeira e os escândalos
que ela trouxe jogaram a Islândia em turbulência e caos. Na superfície, a
vida continua, mas todos estão abalados até ás entranhas por um imenso
sentimento de incerteza. De certa forma, a Islândia é uma bola de cristal que
revela o futuro do restante da Europa.
A Islândia se tornou uma espécie de laboratório da crise de crédito: um país
pequeno, compacto, estreitamente ligado à economia internacional, sem qualquer
pára-choque de segurança. É um lugar onde os efeitos de uma crise são sentidos
intensamente.
As primeiras ondas de demissões começaram a varrer o país. Todo mundo conhece
alguém que já perdeu seu emprego ou que perderá em breve, todo mundo conhece
alguém que conhece - e odeia - um banqueiro de investimento. Os bares mais
bacanas no centro de Reykjavík estão visivelmente vazios, como o "101" e o "b5",
onde os profissionais bem-sucedidos do setor financeiro ainda curtiam festas
selvagens durante as noites da metade de verão de 2008. A imagem do país foi
seriamente manchada. "Como parecemos agora aos olhos do mundo?" diz Kristin.
"Como maníacos financeiros, os jogadores da Europa."
Onde estão - e, mais importante, quem são - os culpados deste estrago? Ninguém
sabe ao certo. Desde o colapso dos três maiores bancos do país ao longo dos
últimos três meses, o governo não apresentou respostas e ainda não se deu ao
trabalho de lançar uma investigação séria.
Isso espalhou rumores por todo o país. Segundo uma história, os islandeses mais
ricos deixaram o país há meses, com suas malas cheias de dinheiro ao embarcarem
em um jato particular com destino a Portugal. Supostamente eles retornarão em
breve para cobrir seus rastros. A coroa islandesa perdeu um terço de seu valor
frente ao euro em um ano e permanece volátil. Ninguém nas lojas sabe qual é atual
taxa de câmbio. Um governo interino minoritário de esquerda, liderado pela recémnomeada
primeira-ministra Johanna Sigurdardottir, agora está encarregado do país
até que novas eleições possam ser realizadas, e é muito possível que o Movimento
Verde-Esquerda, com sua inclinação marxista, desponte como o partido mais forte.
Em nenhuma outra parte do mundo, ao que parece, a crise é tão visível quanto na
Islândia, em nenhum outro lugar ela é tão concreta. O pequeno tamanho do país
também permite que todo cidadão possa calcular facilmente quanta dívida foi
acumulada em seu nome. Antes de serem nacionalizados, os três maiores bancos
acumularam dívidas de US$ 166 bilhões, o equivalente a 10 vezes o produto
interno bruto da Islândia. Isso representa um adicional de US$ 527 mil para cada
homem, mulher e criança. Um encanador ou pescador islandês que tem esposa e
dois filhos para alimentar, repentinamente se veria com uma dívida de mais US$ 2
milhões. Como a atual geração poderá pagar essa dívida? Os economistas
antecipam inflação de dois dígitos e preveem que a economia encolherá 10%.
'O trabalho de limpeza será um banho de sangue'
Novos nomes estão repentinamente nos lábios de todos, agora elogiados como
heróis e salvadores diante do desastre, apesar de terem sido ignorados até
recentemente.
É um fim de tarde escuro e gelado enquanto Vilhjalmur Bjarnason segue de carro
até seu escritório na universidade, em Saemundargata, para trabalhar um pouco
mais. Ele está com um ar carrancudo apesar de ser um dos homens mais
procurados do país - elogiado, entrevistado, citado em blogs, revistas e programas
de televisão.
Vilhjalmur, um ex-banqueiro de 56 anos, trabalha como professor de
macroeconomia da universidade, atua como presidente da Associação dos
Pequenos Investidores e é um atleta amador dedicado. Ultimamente, ele anda
extremamente irritado porque previu tudo o que está acontecendo agora. Ele
sempre permaneceu politicamente neutro por acreditar que um economista deve
preservar sua independência - apesar disso ter colocado freios em sua carreira.
Agora ele está sendo considerado para se tornar o novo presidente do banco
central ou conselheiro do ministro das finanças. "Nós colocamos nossa economia
nas mãos de criminosos", ele diz, "e o trabalho de limpeza será um banho de
sangue".
Ele conhece muito bem alguns dos perpetradores. "Eles foram meus alunos", ele
diz. Após concluírem seus estudos, eles correram para o setor bancário, "e foi
quando as coisas saíram do controle e saímos de um caminho sólido".
Por séculos, os islandeses viveram na pobreza e em dificuldades: casas de fardo de
palha, miséria e epidemias eram fatos da vida. Então, diz Vilhjalmur, eles
aprenderam a explorar seu ambiente natural singular, represando cachoeiras para
gerar energia e usando a água quente dos gêiseres como fonte de calor. Segundo
Vilhjalmur, as coisas poderiam ter continuado dessa forma -mas a Islândia foi
infectada pela ganância.
Kristin Gunnarsdottir e muitos de seus companheiros de luta veem a decisão de
lançar um dos maiores projetos hidrelétricos como o principal fator que promoveu a
orgia de tomada de empréstimo. Ela diz que o início da construção da usina de
força de Karahnjukar, que promoveria a produção de alumínio, foi espertamente
divulgada ao redor do mundo. "De repente a Islândia era a dica quente para os
investidores e estava recebendo altas classificações de crédito."
A coroa islandesa valorizou 20% e, apesar do banco central ter elevado as taxas de
juros para esfriar o mercado, um crescente número e empresas e cidadãos
islandeses prontamente tomaram empréstimos em moedas estrangeiras, em ienes,
dólares e o que quer que os bancos pudessem arrumar para eles. Esses
empréstimos eram relativamente baratos desde que o valor de sua própria moeda
continuasse subindo. Pouco antes do crash, o banco central contava com reservas
de apenas US$ 5,1 bilhões e era incapaz de exercer seu papel de supervisor dos
bancos do país. O capital fluía para o país porque a Islândia parecia incrivelmente
segura.
"Foi quando as holdings podiam ser encontradas em toda parte", diz Vilhjalmur. "E
holdings são campos minados."
Foi muito fácil, ele diz. Alguns poucos empresários ambiciosos se uniram a
banqueiros e jovens recém-formados em administração e negócios para combinar
seu dinheiro e contatos. Eles levantariam, digamos, 10 mil euros e era criada uma
holding. Então eles iam até um dos três grandes bancos, que eram ex-bancos
estatais que foram privatizados. Os magos financeiros eram amigos dos
proprietários dos bancos, mas os bancos ainda eram considerados sólidos. Com um
capital de 10 mil euros, eram tomados empréstimos 100 vezes maiores que esse
valor, em outras palavras, teoricamente 1 milhão de euros. Depois, 990 mil euros
eram pagos a eles e eles compravam ações desses mesmos bancos islandeses, que
por sua vez também tomavam empréstimos e compravam ações de empresas e
redes de varejo. "Foi quando a realidade entrou em ação", diz Vilhjalmur. "Antes
disso tudo era virtual."
Tudo o que os fundadores das holdings tinham que fazer era esperar, talvez um
ano, até o preço de suas ações subirem, já que o modelo de negócios islandês era
visto como uma dica quente. "Repentinamente suas ações valiam 1,5 milhão de
euros, menos os juros de, digamos, 100 mil euros, o que os deixava com 400 mil
euros em lucros", explica Vilhjalmur.
Vilhjalmur diz que esse frenesi de tomada de empréstimo tomou conta de pessoas
de todas as classes da sociedade islandesa. Mas foram as pessoas comuns que
ficaram com as dívidas, enquanto os magnatas mantiveram seus novos iates.
E quem são esses magnatas?
"Eu tenho uma lista de nomes aqui", diz Vilhjalmur, digitando em seu laptop.
"Trinta homens e três mulheres. Eles foram os principais culpados. Eu posso
provar. Nós poderíamos recuperar bastante dinheiro. Eles precisam ser levados a
julgamento."
Isso acontecerá?
"Eu não sou um policial", ele diz com um olhar irritado em seu rosto. "E também
não sou um otimista."
No microcosmo que é a Islândia, as dificuldades financeiras provavelmente podem
ser rastreadas mais precisamente do que em qualquer outro lugar: como cresceu a
ganância, quão facilmente meios de vida podem ser destruídos, como a revolta
popular pode irromper - e quem é responsável, quem sofre com o fardo da crise e
como uma sociedade pode encontrar lentamente seu caminho para uma nova
fundação moral.
Kristin, a escritora, está sentada diante da lareira. "Nós acreditamos nos blôfistas,
nós depositamos confiança demais nas pessoas", ela diz, balançando seus cabelos
ruivos. "Agora nós temos que desenvolver uma cultura de desconfiança saudável."
Greenpeace a multinational?
Em Portugal temos a Quercos e as suas filiais, já alguém tentou investigar como funcionam?
4.4.09
Islândia em breve
Um pouco de história:
Islândia foi descoberto no século VIII, por monges Irlandeses, e foi colonizada a partir do ano 870 por vikings noruegueses. Estes colonos rapidamente estabeleceram uma república com o seu próprio parlamento, o Althing ou Alþing, e a ilha permaneceu independente até 1262. A partir de 1262, a Islândia caiu sucessivamente sob tutela norueguêsa e dinamarquêsa e viveu até tarde no século XVIII um longo período de isolamento e de miséria. A partir de meados do século XIX, a ilha foi gradualmente ganhando a sua independência, tornou-se uma província em 1918 soberana do Reino da Dinamarca e em 1944 uma república independente.
Os islandêses, que tendem porém a sofrer de monotonia em sua ilha, tem um grave problema com o álcool, considerado uma praga por parte das autoridades nacionais. Apesar dos impostos exorbitantes e duras restrições à venda de álcool, muitos islandês, trabalhador árduo e sóbrio durante a semana, não desembriagam no fim de semana. Outra característica da Islândia, a falta de sobrenomes, no sentido de que ouvimos falar em outros países ocidentais. Se, por exemplo Eirik (o pai) e Helga (a mãe) tem um filho (chamado Leif) e uma filha (chamado Vigdis) os nomes dessas crianças serão Leif Eiriksson e Vigdis Helgadottir, o que significa filho de Leif Eirik ( sufixo "son") e Vigdis filha Helga (sufixo "dott"). Mulher manter os seus nomes após o casamento, por isso, se Vigdís, por sua vez, tem uma filha e chamado Ingrid, nós chamá-lo Ingrid Vigdisdottir. Islândia não tem exército, mas hospedou uma base aérea E.U. na península Keflavik durante uns 60 anos. Na prática, embora uma grande maioria dos islandesa ósteis a esta presença militar, a localização da base contribuio significativamente para o equilíbrio da balança comercial do país, nomeadamente construção e manutenção do aeroporto internacional de Keflavik.
Acomodação: Embora elas tendem a desenvolver a capacidade de alojamento para os visitantes é muito limitada fora das grandes cidades e praticamente ninguém se afasta da costa. Por outro lado, os preços dos hotéis, pousadas e são proibitivos. A única solução é acessível camping. Campgrounds Muitos estão perto de grandes cidades ou em locais turísticos. Alguns abrigos também existem (por exemplo, no Landmannalaugar), mas não contam, eles são geralmente reservados com antecedência pelos operadores turísticos e completos. Na prática, camping selvagem é a única (e melhor) solução para caminhantes, principalmente para descobrir o interior. Camping selvagem é possível em quase todos (exceto, obviamente, em locais protegidos). Próximos de aldeias ou fazendas, ele vai procurar deixar as pessoas (é provável que você esteja em pastagem pertencente a alguém), e é sempre permissão concedida. Mesmo para longas caminhadas no deserto, que nunca é necessário para transportar grandes quantidades de água, dado o grande número de gelo córregos que iremos encontrar. Todos os visitantes são surpreendidos pelo menu lateral ou inexistente em muitos casos, sanitários Camping islandês. De facto, é importante que todas as cidades e aldeias têm a sua própria piscina (mais frequentemente encontrado), aquecido com fontes geotérmicas, quando o islandês passa o tempo no verão e no inverno. Há sempre uma piscina municipal perto dos acampamentos. Por uma modesta taxa e, em seguida, você pode desfrutar das facilidades e, naturalmente, então desfrutar da piscina e da sua bacia hidrográfica (mais ou menos quente, com ou sem bolhas, etc ...). Nota: tome cuidado para não cair na primeira bacia, mas seguir uma certa ordem, a fim de não se escaldar!
Orçamento: O custo de vida na Islândia é o principal o problema para os visitantes. Entre os menos acessíveis: alojamento, restaurantes, alimentos importados e rendas de carro. São, no entanto, o transporte público acessível autocarro, marisco e produtos lácteos. Com um pequeno orçamento, vem-se que na realização do acampamento, que se deslocam a pé ou de ônibus, e preparam-se refeições (dieta à base de peixe inevitável). Preparação da viagem: Formalidades de entrada em Islândia cidadão europeu,BI ou Cartão de Cidadão.
Para obter mais informações sobre as estruturas turísticas, os links mencionados na página inicial deste site Islândia. Por outro lado, muitas informações, brochuras, etc ... estará disponível nas agências ou site da empresa Icelandair ou Iceland Express.
Calçada á portuguesa
Rodeados de pedra por todo o lado temos que aproveitá–la e valorizá-la porque é dela que vivemos. A pedra é uma realidade omnipresente, embora nem sempre se apresente em condições rentáveis de exploração. É pois um bem esgotável, pelo que convém maximizar e racionalizar esta riqueza.
É útil rectificar que donde vem a maior parte da calçada, calcário branco (vidraço), esta área é situada entre Barreirinhas, Pé da Pedreira, Valverde, Mendiga, S.Bento, Cabeço das Pombas e Covão dos Porcos. Abrangendo as Freguesias de Alcanede, Mendiga e S. Bento. Quanto ao Alqueidão da Serra limita-se á produção de calçada preta única nesta região.
Nos anos 80 assistiu-se a um crescimento sem lei, nem roca destas explorações onde cada um queria uma área fertil de boa qualidade e de fácil extração, por falta de existência de meios mecanizados, as vendas, os trespasses foram frequentes permitindo assim acumular valores para compra imediata de retroescavadoras que permitiam uma rapidez acrescida na procura de novas áreas. Foi de tal modo rentável para alguns oportunistas (claro, vendendo o que não lhes pertencia, todo é lucro) que fácilmente se equiparam de giratórias e se tornaram os principais “donos” da Serra. Enquanto as finanças abundam existem condições para negociar novos mercados, mantendo á distância os produtores que só possuem meios rústicos e dívidas perante os “donos” da Serra.
Foi assim durante vários anos, pouco a pouco alguns obteram licenciamentos Camarários e arrendamentos duma determinada área perante as Juntas de Freguesia, mas por falta de Fiscalização cada qual continua a operar a sua conveniência.
Camaras Municipais principais licenciadores, principais clientes, mas também principais devedores, dificil de fiscalizar quem é seu garante.
As explorações são de pequeno statuto, familiares pela grande maioria o que é óptimo em questão de qualidade do produto e de emprego nesta área.
A formação fáz-se no sítio, geralmente de curta duração pois a gente destas aldeias sempre lidou com pedra, caso contrário 3 mezes são necessários para adquirir alguns conhecimentos, resta adquirir a rapidez necessária para ser produtivo, pois aqui trabalha-se de empreitada essencialmente.
Afim de poderem maximizar as potencialidades de calçada e defender de forma organizada o interesse de todos os seus membros, foi, criada a AECP.
Tarefa complicada, mesmo que o desejo seja real, os hábitos e os lóbis estão instalados e não é tarefa fácil de mudar comportamentos.
Quanto á AECP só foi criada para defender alguns casos mais criticos que se encontravam em perigo de existencia, por falta de legalização mas como ninguem sabe ao certo o conteudo do processo em fervência permanente, continua-se de modo individualista aproveitando de algumas informações obtidas pelos mais integrados no sistema.
Para que uma associação funcione deve haver União, para haver união deve haver Transparência, danré rara dos nossos dias.
Para que seja eficáz deve recolher e distribuir informação, formar, partilhar e avaliar os metodos de cada um a todos os nivéis, afin de optar pelos mais óptimais.
Se dotar dos meios necesários para negociações com as administrações licenciadoras e fiscalizadoras fazendo propostas arbitrárias.
Uma actividade donde todos querem tirar proveito. Os baldios não fazem parte do domínio privado das autarquias locais nem do domínio público do Estado, integrando-se no sector comunitário. Ou seja, é a própria comunidade que é titular da propriedade dos baldios.
Sendo esta uma área de terrenos báldios, em ausência de outras organizações, são as Juntas de Freguesia que establecem os contratos de arrendamento da exploração, é o caso de Mendiga e S. Bento. Na Freguesia de Alcanede, foi criado há perto de 20 anos, uma Assembleia de Compartes abrangindo Murteira, Barreirinhas, Pé da Pedreira e Valverde, ficando de fora o Vale da Trave por pressões internas. È em 2006 que o Vale da Trave sobre alguma pressão vinda do Covão dos Porcos, muda finalmente de opinião e cria a sua Assembleia de Compartes, a quem cabe a celebração dos contratos de arrendamento, sendo estes rendimentos comunitários destinados a melhoramento e desenvolvimento público desta área e aldeias incluídas. Parque Natural, fazendo parte do processo de licenciamento imite um ”parecer” favorável ou não, mediante uma garantia bancária calculada sobre a área em m2, antes do licenciamento final pela Câmara Municipal, tem sido tambem o Parque Natural que tem exercido de autoridade fiscalizadora.
Foi ainda em 2005/2006 por pressão do Parque, feito um Estudo de Impacte Ambiental cujos resultados não vão mudar em nada os efeitos sobre o ambiente se efeitos existem, os custos foram de 400 000 € o maior beneficio aqui realizado em um tempo record. As pedreiras devem agora obedecer a um plano de lavra. Continuando a legislar deste modo rápidamente se sofocam mais umas unidades. A qualidade não é o principal argumento para a subexistência, a capacidade financeira é um argumento de peso, é assim Portugal!
E assim se continua em condições precárias a cortar calçada, cada vez mais dificuldades em pagar aos empregados por atrazos de pagamento dos compradores de calçada eles mesmos com atrazos enormes por parte dos empreiteiros. Com a actual crise financeira mais uma boa quantidade de facturas que vão ficar por pagar, mais umas pedreiras fechar, mais umas pessoas sem emprego. Insignificativo dirão, mas um acontecimento negativo raramente se torna positivo. Felizmente existem excepções.
Regras sim, mas de equilibrio porque nem todos têem uma vocação de imigrante.